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domingo, 15 de novembro de 2009

Chico Xavier (1910 - 2002)

Francisco Cândido Xavier, nasceu em Pedro Leopoldo (MG), no dia 2 de abril de 1910. Filho de operário inculto e de humilde lavadeira, ficou órfão de mãe aos cinco anos de idade. Seu Pai se viu obrigado a entregar alguns de seus nove filhos aos cuidados de pessoas amigas e Chico Xavier ficou com sua Madrinha, mulher nervosa que o maltratava cruelmente. Nos seus momentos de angústia, um anjo de Deus que fora sua mãe na Terra, o assistia, quando, desarvorado, orava nos fundos do quintal: "Tenha paciência, meu filho! Você precisa crescer mais forte para o trabalho. E quem não sofre não aprende a lutar". O menino aprendeu a apanhar calado, sem chorar. Diariamente, à tarde, com vergões na pele e o sangue a correr-lhe em delgados filetes pelo ventre, ele, de olhos enxutos e brilhantes, se dirigia para o seu quintal, a fim de reencontrar a mãezinha querida, vendo-a e ouvindo-a, depois da oração. Algum tempo depois, terminou seu martírio quando seu Pai casou-se novamente e sua madastra, alma boa e caridosa, o recolheu carinhosamente, a ele e a todos os irmãos que estavam espalhados. A situação era difícil. A guerra acabara e graçava a gripe espanhola. O salário do chefe da família dava escassamente para o necessário e os meninos precisavam estudar. Foi então que a boa madastra teve a idéia de plantar uma horta e vender os legumes. Em algumas semanas, o menino já estava na rua com o cesto de verduras. Desta maneira conseguiram encher o cofre e voltar a frequentar as aulas. Em janeiro de 1919 Chico Xavier começou o ABC. Com asaída do chefe da casa para o trabalho ed das crianças para a Escola, a madastra era obrigada, algumas vezes, a deixar a casa a sós, pois precisava buscar lenha à distância.Foi então que surgiu um problema: a vizinha, se aproveitando da ausência de todos, passou a colher as verduras e, sem verduras, não haveria dinheiro para as despesas da Escola. Preocupada, a madastra, não querendo ofender a amiga, pediu a Chico Xavier que, pedisse um conselho ao espírito da sua mãe.À tardinha, o menino foi ao quintal e rezou como fazia sempre que queria conversar com sua mãe e contou o problema. Sua mãe lhe disse que realmente não deviam brigar com os vizinhos e lhe deu uma sugestão: toda vez que sua madastra de ausentasse, que desse a chave da casa à vizinha, para que ela tomasse conta da casa. Dessa forma, a vizinha, responsável pela casa, não tocou mais nas hortaliças.Passados todos esses problemas, Chico não viu mais a sua genitora com tanta frequência.Mas passou a ter sonhos. À noite, levantava-se agitado e conversava com locutores invisíveis. De manhã, contava as peripécias de pessoas mortas, coisas que ninguém podia compreender. O Pai resolveu levá-lo ao vigário de Matozinhos, que, após ouví-lo, recomendouque o garoto não lesse mais jornais, revistas e livros. Disse-lhe que ninguém volta a conversar depois a morte e que era o demônio que lhe estava perturbando. O menino chorava nos braços de sua madastra, criatura piedosa e compreensiva. Ao conversar com sua mãe, triste  por não ser compreendido por ninguém, escutou dela que precisava modificar seus pensamentos e que não deveria ser uma criança indisciplinada, para não ganhar antipatia dos outros.Deveria aprender a calar e que, quando se lembrasse de alguma lição ou experiência recebidas em sonho, que ficasse em silêncio.Precisava aprender a obediência para que Deus, um dia, lhe desse a confiança dos outros. E durante 7 anos consecutivos, de 1920 a 1927, ele não teve mais qualquer contato com sua mãe.Integrado na comunidade católica, obedecia às obrigações que lhe eram indicadas pela Igreja. Confessava-se, comungava, comparecia às missas pontualmente e acompanhava as procissões. Em 1923 terminou o curso primário, no Grupo.Levantava-se às seis da manhã para fazer as tarefas escolares, entrando para os serviços da fábrica às três da tarde, para sair às onze da noite. Em 1925 deixou a fábrica, empregando-se na venda do Sr. José Felizardo Sobrinho, onde o trabalho ia das seis e meia da manhã às oito da noite. Asd pertubações noturnas continuaram. Depois de dormir, caía em transe profundo. Em 1927 uma das suas irmãs caiu doente. Um casal de espíritas, reunido com familiares da doente, realizaram a primeira sessão espírita que teve lugar na sua casa. Na mesa, dois livros: "O EvangelhoSegundo o Espiritísmo" e o "Livro dos espíritos", de Allan Kardec.Pela mediunidade de D.Carmem, sua mãe manifestou-se: "Meu filho, eis que nos achamos juntos novamente. Os livros à nossa frente são dois tesouros de luz. Esude-os, cumpra com seus deveres e, em breve, a bondade divina nos permitirá mostrar a você seus novos caminhos". A primeira e única professora de Chico que descobriu sua mediunidade psicográfica foi D.Rosália. Fazia passeios campestres com os alunos que deveriam, no dia seguinte, levar-lhe uma composição, descrevendo o passeio. A de Chico tirava sempre o primeiro lugar. Desconfiada, D. Rosália, um dia, fez o passeio mais cedo e, na volta, pediu que os alunos fizessem a composição em sua presença. Chico, novamente, tira o primeiro lugar, escrevendo uma verdadeira página literária sobre o amanhecer e daí tirando conclusões evangélicas. Rosália mostrou aos amigos íntimos a composição e todos foram unânimes em reconhecer que aquilo, se não fora copiado, era então dos espíritos. Ao entrar para o funcionalismo público, como datilógrafo, na Fazenda Modelo do Ministério da Agricultura, começa a demonstrar sua admiração pela natureza. Distante 6  quilômetros da cidade, em contato com a natureza, ama até as pedras e os montes pensativos. Vê em tudo poesia e vida, verdade e luz, beleza e amor e, acima de tudo, a presença de Deus. Em maio de 1927 foi realizada a primeira sessão espírita no lar dos Xavier, em Pedro Leopoldo. Em junho do mesmo ano foi cogitada a fundação de um núcleo doutrinário. Em fins de 1927 o Centro espírita Luiz Gonzaga, sediado na residência de José Cândido Xavier, que se fez presidente da instituição, estava bem frequentado. As reuniões se realizavam às segundas e sextas-feiras. A nova sede do Grupo Espírita Luiz Gonzaga foi construída no local onde se erguia, antigamente, a casa de Maria João de Deus, mãe de Chico Xavier. Em 8 de julho de 1827, Chico Xavier fez a primeira atuação do serviço mediúnico, em público. Seu primeiro livro psicografadofoi publicado em 1931. Em 1931, Chico passou a receber as primeiras poesias de "Parnaso de Além-Túmulo", que foi lançado em julho de 1932. Em 1950, Chico Xavier havia recebido, pela sua psicografia, mais de 50 ótimos livros.Vivia no apogeu de triunfos mediúnicos.Estava conhecido no Brasil e no Mundo inteiro.Em 5 de janeiro de 1959 mudou-se para Uberaba, sob a orientação dos Benfeitores Espirituais, iniciando nessa mesma data, as atividadesmediúnicas, em Reunião pública da Comunhão Esírita Cristã. Deu ele, então, início à famosa perigrinação. Aos sábados, saindo da "Comunhão Espírita-Cristã", o bondoso médium visitavaalguns lares carentes, levando-lhes a alegriade sua presença amiga, acompanhado por grande número de pessoas afinizadas. Sob a luz das estrelas e de um lampião que seguia a frente, iluminando as escuras ruas da Periferia, ia contando fatos de grande beleza espiritual. a cidade de Uberaba, desde a sua vinda, transformou-se num pólo de inúmeros visitantes de todas as regiões do Brasil, e até mesmo do exterior. Aqueles que conhecem sua vida e sua obra não mediam distancia para vê-lo.Seu trabalho sempre consistiu na divulgação da Doutrina e em tarefas assistenciais. Os direitos autorais de seus livros publicados, 414, são cedidos, gratuitamente, às Editoras Espíritas ou a entidades espíritas e a FEB. Chico vivia apenas com o dinheiro da sua aposentadoria. Chico Xavier morre em Uberaba aos 92 anos de idade, no dia 30 de junho de 2002, às 21h03.

Origem: Wikipédia, a Enciclopédia Livre.

Hamilton Gomes

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